domingo, 15 de agosto de 2010

A autoajuda é necessariamente sinônimo de panaceia?

Eu penso que podemos distinguir dois tipos de concepções de autoajuda. Uma, mais razoável, advinda do período heleno-helenístico, quando os filósofos gregos antigos fugiram de suas cidades-estados escravizadas pelo Império Alexandrino, e depois pelo Romano, buscando a liberdade no âmbito de si mesmos, a qual mais contemporaneamente deu origem à moda do “faça você mesmo”. A outra, panaceia, infelizmente tem sido onipresente na existência humana.

A autoajuda é razoável quando nos motiva em nossas próprias questões sem o qual dificilmente conseguiríamos resolvê-las. É panaceia, falsa e perigosa, quando nos convence da existência em fórmulas mágicas para todas as questões. Como, por exemplo, deixarmos de nos medicarmos no caso de doença devido à crença em uma cura instantânea.

A primeira é uma atitude que julgo interessante, embora circunstanciada. A segunda é uma crença à qual devemos manter-nos atentos criticamente. Mas em ambos os casos o exercício do discernimento é indispensável, especialmente em uma época onde a espetacularização e a banalização midiática confundem-nos.

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