quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O que é um psicopata?

A revista Mente e Cérebro lançou um interessantíssimo artigo de divulgação científica sobre a psicopatia. Para saber mais clique no título do post.
No campo dos estudos sobre distúrbios de comportamento e sua relação com a violência saber-se há tempos que existem diversos enganos sobre a psicopatia. Entretanto não é de conhecimento público porque os preconceitos são reproduzidos reiteradamente, em especial pelo cinema com seus roteiros simplificadores. O artigo procura demonstrar que a correlação entre psicopatia e violência não é imediata nem necessária, embora existam casos de psicopatas violentos. Vale à pena refletir o quanto os preconceitos atrapalham na compreensão da complexidade do comportamento humano e das alternativas nos casos de distúrbios que comprometam o convívio social, dentre outros.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O início do semestre e as possibilidades de discussões relevantes

O semestre começou com boas possibilidades de discussão acadêmica (ou controvérsia na terminologia do Prof. Marcelo Dascal da Universidade de Jerusalém, cuja formulação rejeita os conceitos de "discussão" ou "disputa" como "superficiais", mas propõe o conceito de "controvérsia", para ele muito mais "produtivo")...
Uma questão sempre presente diz respeito ao que fazer diante de problemas graves que envolvem a crueldade, a brutalidade sob todas as suas formas? Essa questão vai além do âmbito acadêmico porque envolve a nossa própria existência uns com os outros. A possibilidade do confronto com a crueldade de alguns indivíduos é onipresente na vida humana e social. A crueldade tem sido motivo de controvérsia (quanto a sua origem e determinação) desde os primórdios da humanidade.
Pensar a crueldade (suas causas e alternativas) insere-se em um amplo debate sobre o que nos torna mais ou menos humanos. E mesmo no âmbito religioso desafia as concepções quanto a uma origem supostamente divina da "natureza humana".
Qualquer que seja a formulação: ética, religiosa, sociológica, política, psicológica, a questão da crueldade exige um esforço muito maior do que apenas encerrá-la no âmbito estrito dos juízos cotidianos quanto a soluções imediatas para um problema que vem ao longo dos séculos inquietando-nos.
A questão está aí a nos desafiar em nossos melhores esforços para encontrar alternativas a sempre presente possibilidade de tornarmo-nos cruéis uns com os outros.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pórtico

Esse é um blog acadêmico. Destina-se a constituir uma esfera pública virtual para difusão de pesquisas e idéias, sobretudo, no meio acadêmico do qual faço parte como professor... Daí porque em epígrafe convido a: "ouvir o outro lado" (audi alteram partem), "dedicar-se vitalmente à verdade" (vitam impendere vero) e "ousar saber" (sapere aude), ou seja, é um convite a assumirmos a nossa autonomia como sujeitos livres (no sentido que o sociólogo Alain Touraine confere a esse conceito - cf. TOURAINE, Alain. Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje. 3a edição, 2007) diante dos desafios constantes: políticos, econômicos,culturais, existenciais...