quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Um mito sobre a violência

Videogame leva à violência?

Dylan Klebold e Eric Harris, os dois adolescentes responsáveis pelo massacre da escola Columbine, em Littleton, no Colorado, em 1999, eram jogadores fervorosos de "Doom". O alemão de 17 anos Tim Kretschmer matou 15 pessoas uma década depois com movimentos que ele roubou do jogo "Counter Strike". Quando jovens se engajam em comportamento violento, os videogames brutais que eles jogaram antes de cometer seus crimes são geralmente citados como razões para suas tendências homicidas. A lógica simplesmente flui: videogames violentos fazem crianças violentas.

Essa ideia se mantém como sabedoria convencional, embora alguns estudos sobre crianças e videogames agressivos mostram evidências contrárias. Um estudo de 2005 com pessoas entre 14 e 68 anos que jogaram 56 horas do MMRPG "Asheron's Call 2" em um mês não revelou nenhuma mudança de comportamento agressivo entre os jogadores depois do jogo. Nem os pesquisadores descobriram um aumento da agressividade entre os jogadores quando comparado ao grupo de controle que não jogou [fonte: PhysOrg].

Outros estudos chegaram a diferentes conclusões, embora alguns psicólogos acreditem que muitos estudos conectando a violência do mundo real aos videogames sejam preconceituosos [fonte: Kierkegaard]. Mas nada faz mais para questionar a noção de que o videogame aumenta a violência na vida real do que estatísticas de crimes. Enquanto os videogames continuam a vender - as vendas subiram de US$ 5,5 bilhões para US$ 9,5 bilhões de 1999 a 2007 - crimes violentos entre os jovens na verdade declinaram. Em 1999, 1.763 pessoas com menos de 18 anos foram presas por homicídio nos EUA; em 2007, esse grupo etário contabilizou 1.063 assassinatos [fonte: Safe Youth, FBI].


Fonte: HowStuffWorks? ("ComoTudoFuciona"): www.hsw.uol.com.br

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